TVI24
Esquema de spam nas redes sociais tem como principal objetivo conseguir chegar aos dados pessoais dos utilizadores
“Partilhe esta imagem e ganhe um cartão com 1000 euros em compras”. Esta é a pequena frase que chama a atenção de qualquer utilizador do Facebook e que ao longo desta semana tem invadido os feeds como se de uma “promoção verdadeira” se tratasse.
Três das empresas visadas por este tipo de esquema foram o Pingo Doce, a H&M e a Pandora. Estas marcas viram ser criadas novas contas de Facebook que pareciam ser reais e partilhada milhares de vezes a publicação de que a marca oferecia um determinado valor em troca de apenas uma partilha.
Três das empresas visadas por este tipo de esquema foram o Pingo Doce, a H&M e a Pandora. Estas marcas viram ser criadas novas contas de Facebook que pareciam ser reais e partilhada milhares de vezes a publicação de que a marca oferecia um determinado valor em troca de apenas uma partilha.
Segundo os especialistas Nuno Ribeiro, especialista em redes sociais da empresa de tecnologias Faber Novel, e o jornalista Paulo Querido, este novo "passatempo" não passa de mais um esquema de spam que visa, muitas vezes, aceder aos dados dos utilizadores para depois vender às marcas.
“O principal objetivo destes passatempos no Facebook é captar os dados dos utilizadores para depois vender a lojas de informática e a lojas especializadas naqueles produtos. O que levanta outra questão: as empresas que compram estes dados têm de saber de onde vêm eles. Não são dados obtidos de forma legítima e por isso tem de haver cuidado dos dois sentidos".
Para Nuno Ribeiro, o “desespero das marcas em obter dados dos clientes” leva a que as empresas recorram cada vez mais a este tipo de ações nas redes sociais.
“Este esquema não é novo. Já tivemos isto por SMS e por emails. Agora as redes sociais são a plataforma mais simpática. É uma prática corrente que tentem por todos os meios obter os dados dos clientes.”
Só que as pessoas menos atentas “não reparam no que estão a clicar e estão a mandar os dados para sites russos, por exemplo”.
Também o jornalista Paulo Querido considera que “as pessoas acreditam em tudo, nos boatos, no que se publica” e acabam por “não ter nenhum cuidado na verificação das fontes, dentro das próprias plataformas”.
Também o jornalista Paulo Querido considera que “as pessoas acreditam em tudo, nos boatos, no que se publica” e acabam por “não ter nenhum cuidado na verificação das fontes, dentro das próprias plataformas”.
“Chamar a atenção não adianta porque as pessoas preferem acreditar e na dúvida arriscam. É tão mais fácil. É só um clique.”
Mas é esse clique que pode fazer toda a diferença. Apesar de não haver “nada de novo neste esquema”, o objetivo do mesmo é “levar as pessoas para fora do Facebook” e através de sites menos fidedignos conseguir aceder aos dados.
“As pessoas devem ter cuidado. Entenderem a quem estão a dar os dados. Têm de denunciar esse tipo de situações e o Facebook, quero acreditar, que bloqueará essas páginas”.
Para os dois especialistas, a máxima deve ser sempre “quando a esmola é grande o pobre desconfia” e os cuidados a ter nunca devem ser de menos.
Empresas visadas alertam clientes para fraude
Contactadas pela TVI24, as empresas visadas no ataque esclareceram que tinham conhecimento das falsas promoções e que já tinham tomado medidas para que os clientes fossem informados de que se tratava de mais um esquema de fraude.
"A página que está a ser divulgada no Facebook comunicando a oferta de 35 cartões presente Pingo Doce no valor de 1000€ é falsa e utiliza indevidamente o nome e a marca Pingo Doce. Tomámos as providências para denunciar esta fraude junto do Facebook e estamos a esclarecer os nossos clientes através dos canais oficiais de contacto existentes", afirmou fonte do Pingo Doce.
Dada a dimensão que a partilha deste falso passatempo tomou, a PSP mesmo acabou por emitir um alerta no Facebook para que os utilizadores não abram a "imagem associada a uma hipotética campanha dos 35 anos do Pingo Doce" e que em caso de dúvidas contactem aquela força de segurança.
"A página que está a ser divulgada no Facebook comunicando a oferta de 35 cartões presente Pingo Doce no valor de 1000€ é falsa e utiliza indevidamente o nome e a marca Pingo Doce. Tomámos as providências para denunciar esta fraude junto do Facebook e estamos a esclarecer os nossos clientes através dos canais oficiais de contacto existentes", afirmou fonte do Pingo Doce.
Dada a dimensão que a partilha deste falso passatempo tomou, a PSP mesmo acabou por emitir um alerta no Facebook para que os utilizadores não abram a "imagem associada a uma hipotética campanha dos 35 anos do Pingo Doce" e que em caso de dúvidas contactem aquela força de segurança.
Também a H&M esclareceu que o departamento jurídico da marca "está a analisar o caso no sentido de prevenir futuras incidências" e que "aos clientes que contactam a H&M procurando esclarecimentos sobre as informações em causa, é dada a explicação de que se trata de uma campanha falsa"
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